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5 autoras brasileiras para aumentar seu repertório

Não é novidade para ninguém que é preciso ter um bom repertório sociocultural para citar em uma dissertação argumentativa e conseguir redigir uma redação nota mil no Enem. Por essa razão, um dos questionamentos mais recorrentes entre os estudantes é: como escolher um repertório sociocultural significativo que não se limite às leituras obrigatórias exigidas pelos vestibulares? Todos sabemos que as listas são compostas por obras canônicas e de extrema importância para a literatura nacional, mas majoritariamente escritas por homens e que, a inclusão de autoras brasileiras nessas listas é algo bastante recente.  

Pensando nisso, separamos uma lista especial com 5 autoras brasileiras aclamadas para você conhecer, apreciar as obras, citar em sua redação e, de quebra, descobrir possíveis textos que podem aparecer em questões de vestibulares e do Enem. Se interessou? Acompanhe a leitura!

 

O que é repertório sociocultural e de que maneira ele influencia na sua redação? 

 

 
Antes de mais nada, é importante esclarecer o que é repertório sociocultural, qual é a sua importância tanto para redigir redações quanto para garantir um bom desempenho nas questões dos mais diversos vestibulares e, também, para ampliar sua percepção de mundo. O repertório sociocultural nada mais é do que um conjunto de conhecimentos adquiridos pelo estudante ao longo de toda a sua trajetória escolar. 

Possuir um repertório diversificado é necessário, sobretudo, para desenvolver uma boa redação, uma vez que articular a proposta temática da redação com seus conhecimentos prévios é um critério avaliado em praticamente todos os vestibulares. Um ponto importante de ser ressaltado é que esse repertório não é adquirido exclusivamente por meio do que é aprendido na escola, existem outras formas de você enriquecer sua compreensão sobre o mundo e fortalecer seu senso crítico também com o que chamamos de educação não formal, ou seja, tudo o que é aprendido além dos muros da escola. Dessa forma, visitas a museus, passeios culturais, palestras, assistir a peças de teatro e filmes e ler bons livros são excelentes exemplos de educação não formal.  

Trataremos, aqui, de um tipo de aquisição de repertório sociocultural específico: a leitura. Então, elencamos 5 autoras brasileiras que podem ser fonte de grande inspiração para redigir uma redação nota mil e refletir acerca de questões sociais. Algumas delas já figuram nas listas de leituras obrigatórias, outras, não. Confira! 

  1. Carolina Maria de Jesus: a autora de “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” voltou a ganhar notoriedade recentemente, após sua obra-prima ser incluída na lista de leituras obrigatórias do vestibular da Unicamp. Carolina foi uma das primeiras autoras negras a ser reconhecida e lida pelo grande público e abriu portas para que muitas outras pudessem trilhar o mesmo caminho dela. Sua obra é muito significativa por expor de forma poética e realista, ao mesmo tempo, as mazelas sociais daqueles que quase nunca têm voz para narrar a própria história. Com uma sensibilidade ímpar, a autora consegue retratar as dificuldades pelas quais passa para sobreviver em uma situação de extrema pobreza, sem nunca deixar de lado o valor que dá à cultura e ao conhecimento a despeito de todas as adversidades.
  2. Júlia Lopes de Almeida: outra autora, que teve uma de suas principais obras incorporadas na lista de leituras obrigatórias, é a Júlia Lopes de Almeida. Ela foi uma importante romancista e cronista brasileira, escreveu em um período em que as mulheres tinham pouca ou nenhuma autonomia e retratou a condição feminina em uma sociedade patriarcal. Sua obra é importante para compreender o lugar da mulher na sociedade brasileira e, principalmente, analisar em uma perspectiva histórica como determinadas estruturas sociais de gênero prevalecem ainda no século XXI, elemento fundamental para quem almeja uma redação nota mil.
  3.  Conceição Evaristo: vencedora de um dos maiores prêmios da literatura nacional, o Jabuti, a linguista e doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) é outra importante voz feminina negra da literatura contemporânea nacional. De origem humilde, Conceição Evaristo conciliou estudos com o trabalho de empregada doméstica e saiu da favela para estudar em uma renomada universidade pública do país. Produziu diversas obras literárias: romances, contos e poemas, além de participar de antologias. Recentemente, seu livro de contos, “Olhos d’água” também entrou na lista de leituras obrigatórias do vestibular da Unicamp. Sua obra também aborda dificuldades da vivência de mulheres negras na sociedade brasileira, bem como toda a força e resistência dessas que superam diariamente os cenários mais adversos.
  4. Geni Guimarães: também contemporânea e amiga de Conceição Evaristo, Geni Guimarães tem uma trajetória de vida que se assemelha à de sua amiga, sobre a qual falamos anteriormente. De origem humilde, Geni Guimarães mudou os rumos de sua história por meio da educação. Saiu da zona rural do interior de São Paulo e se tornou professora primária. Seu talento literário foi constatado ainda na infância, quando uma de suas professoras elogiou seus versinhos escritos quando ela tinha apenas sete anos. A poeta brasileira é outra importante voz negra da atualidade, e uma das autoras brasileiras que escreve sobre o racismo estrutural do Brasil, além de falar sobre as formas de combatê-lo. “Leite do Peito”, publicado posteriormente com o título de “A cor da ternura”, é um livro de contos autobiográfico que narra desde a infância da autora até seu primeiro dia como professora de uma escola primária e foi vencedor do prêmio Adolfo Aizen.
  5. Cecília Meireles: um dos grandes nomes do modernismo brasileiro, a poeta é uma das autoras brasileiras reconhecidas mundialmente. Conhecer sua obra é fundamental tanto para garantir um bom desempenho em questões como também para quem está em busca de conquistar uma redação nota mil. A jornalista, professora e poeta captou aspectos da alma humana como poucas pessoas conseguem fazer. Sua extensa obra é composta, sobretudo, por belos poemas apesar de Cecília também ter produzido obras infanto-juvenis. Uma de suas produções de sucesso, o “Romanceiro da Inconfidência”, narra com um lirismo ímpar e filosófico os principais acontecimentos da inconfidência mineira.
     

Agora aproveita essa lista com novas autoras brasileiras, que sem dúvida alguma o ajudarão a escrever uma redação nota mil, e comece a treinar produção de texto. Até mais! 

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5 livros que todo vestibulando deveria ler

Escrever uma redação nota mil envolve diversos fatores como habilidade argumentativa, domínio da norma padrão do português e, por último, mas não menos importante, ter um bom repertório sociocultural. Uma dúvida muito recorrente entre os pré-vestibulandos é: afinal, como construir um repertório sociocultural significativo?  

 

A melhor fonte de seleção dos conteúdos para incluir em sua argumentação, sem dúvidas, são os livros. Inicialmente é importante ressaltar que existem algumas obras escolhidas que podem o favorecer na hora da escrita ao usá-las como ​​livros para repertorio sociocultural. Assim, podemos dizer que os melhores livros para redação são, principalmente, as obras literárias estudadas ao longo do ensino médio ou livros das listas de vestibulares.  

 

Além disso, clássicos da literatura brasileira como Machado de Assis e Graciliano Ramos são sempre muito bem-vindos e um acerto, mas isso não quer dizer que são as únicas possibilidades de repertório sociocultural para alcançar a tão sonhada redação nota mil. É possível variar e escolher outros gêneros literários, obras contemporâneas ou de escritores que não sejam os convencionais e já muito conhecidos dos pré-vestibulandos. Se você ficou interessado e deseja descobrir quais são as opções de livros para citar na redação, confira as dicas que preparamos para você. Boa leitura! 

 

Quais livros devo ler para vestibular?

Um grande mito a respeito da redação nota mil tem relação com a ideia bastante comum entre os estudantes de que há conteúdos mais valorizados, os quais teriam a ver, principalmente, com citações de grandes filósofos consagrados ou livros clássicos da literatura mundial. Mas na realidade não é bem assim. No Enem, por exemplo, não existe um repertório sociocultural superior a outro, desde que o seu repertório esteja bem articulado, de acordo com a sua argumentação e, também, com a proposição temática, é legítimo. Isto é, esse conjunto de conhecimentos culturais que você pode utilizar em sua redação varia bastante e vai de filmes ou trecho de uma música até, sobretudo, livros.  

Por outro lado, alguns livros para citar na redação são mais interessantes do que outros porque levantam questionamentos e reflexões acerca de problemas que permeiam a sociedade, o que pode facilitar muito mais o desenvolvimento de uma argumentação consistente. A seguir, separamos alguns títulos de melhores livros para redação.
 

  1. A Falência — Júlia Lopes de Almeida: o romance do século XIX entrou recentemente na lista de leituras obrigatórias da Unicamp, mas as produções literárias da escritora em questão foram canônicas num passado não tão distante. Redescoberta pelos estudiosos de literatura recentemente, a obra que tem por foco a retratação do lugar e do papel da mulher na sociedade brasileira do século XIX, limitada à vida caseira e familiar, pode ser uma excelente opção de livros para citar na redação. A forma como a vida amorosa da mulher é retratada também é colocada em perspectiva pela autora, o que permite ao leitor traçar diversos paralelos entre a condição das mulheres do final do século retrasado com a condição feminina na atualidade, tornando a obra uma excelente opção dentre os livros para repertorio sociocultural.
  2. Insubmissas lágrimas de mulheres — Conceição Evaristo: dentre a possibilidade de livros para citar na redação, o livro de contos de uma das mais importantes vozes negras brasileira, a consagrada autora Conceição Evaristo, é mais uma excelente opção. Dividido em contos com nomes de mulheres, cada conto narra histórias reais de negras periféricas, assim a realidade foi transformada em ficção pela autora. Conceição conversou com cada uma das protagonistas reais e narrou a história de vida delas com um toque poético, de modo a evidenciar toda a solidariedade feminina das mulheres que são expostas às situações mais brutais. As protagonistas revelam uma capacidade imensurável de sobrepujar situações árduas e criar meios de resistência a despeito de estarem expostas a uma realidade hostil. Por retratar a realidade brasileira, esse está dentre um dos melhores livros para repertorio sociocultural.
  3. O Homem Cordial — Sérgio Buarque de Holanda: o capítulo “O Homem Cordial”, do livro “Raízes do Brasil”, define a síntese do caráter de grande parte da elite, e, por extensão, do povo brasileiro: a hipocrisia dissimulada. O historiador e sociólogo Sérgio Buarque expõe a falsidade que rege as relações sociais e como a simpatia, marca registrada dos brasileiros, esconde uma face obscura de desdém e ódio às minorias. Uma leitura bastante atual e necessária que pode nos ajudar a entender como se dão as relações no Brasil. Por fazer uma síntese de como se dão as interações entre os diferentes no Brasil, esse livro certamente está entre os melhores livros para redação para quem almeja escrever uma redação nota mil.
  4. Maus — Art Spiegelman: uma das HQs mais aclamadas de todos os tempos e vencedora do prêmio Pulitzer, “Maus” é a comovente história de uma família que sofreu com os horrores do Holocausto nazista. Um verdadeiro épico em quadrinhos que individualiza o sofrimento e mostra como os horrores do nazismo destruíram de forma irreversível muitas vidas e sonhos, além de reduzir os judeus à condição de animais – retratados na obra como ratos. O autor da obra, Art, narra tudo o que seu pai viveu durante a Segunda Guerra mundial e as consequências de estar em campos de concentração. Sem dúvidas a leitura dessa HQ pode contribuir muito para uma visão mais humanista dos indivíduos, tornando-a um excelente repertório sociocultural.
  5. Contos de Machado de Assis: que obras clássicas são sempre boas opções de livros para repertorio sociocultural, todo mundo já sabe, mas você não precisa ler apenas romances. Contos, como “O espelho”, de Machado de Assis, que faz uma reflexão filosófica sobre a dualidade existente entre aparência e essência e “Pai contra Mãe”, escrita pelo mesmo autor,  que expõe de forma sarcástica as mazelas do Brasil colonial, podem servir como fontes de inspiração para seu texto. Clicando aqui você tem acesso à obra de Machado na íntegra, inclusive aos contos mencionados. 

 

Esperamos que você aproveite as dicas de melhores livros para redação que sem dúvidas o ajudarão a conseguir a tão sonhada redação nota mil. Até mais! 

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Como as fake news podem afetar os estudos?

Há alguns anos o assunto fake news se tornou presente no dia a dia do brasileiro devido ao aumento de disseminação desse tipo de notícia. Apesar de ser um termo conhecido, antes de aprofundarmos a nossa discussão, relembraremos o significado dessa expressão: em tradução livre do inglês, significa “notícias falsas”. Isso quer dizer que, quando falamos sobre o aumento das fake news, estamos sinalizando que as pessoas têm compartilhado e se apoiado com mais frequência em conteúdos que não apresentam a verdade sobre alguma temática ou acontecimento. 

Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) — coordenada por Sinan Aral — em que foram analisadas, de 2006 a 2017, 126 mil mensagens divulgadas na rede social Twitter, aponta que as notícias falsas são compartilhadas e se alastram 70% mais rápido que as notícias verdadeiras. Dado preocupante, uma vez que com a agilidade para chegar a muitas pessoas se torna mais difícil fazer com que acreditem que se trata de uma invenção. 

E o que isso tem a ver com os estudos? Bom, considerando que você prestará vestibular e precisará de um amplo repertório sociocultural para elaborar uma boa redação, parte bastante importante dos exames para ingresso no ensino superior, apoiar-se em fake news, mesmo sem saber, pode prejudicar significativamente o seu desempenho. Além disso, a prova de atualidades exige um conhecimento baseado em informações reais para que o resultado seja favorável para o estudante, resumindo: as notícias falsas podem afastar para muito longe a tão sonhada aprovação. 

Você entendeu a importância de saber mais sobre esse assunto? Então, leia esse texto até o final para não cair mais em mentiras que são divulgadas na rede. 

Como identificar a veracidade das informações que recebemos? 

Você até pode pensar que se trata de uma tarefa muito difícil identificar se uma notícia é verdadeira ou não; porém, além de manter a atenção, existem algumas ações que costumam nos proteger das fake news. Separamos algumas delas para que as coloque em prática desde agora. 

  • Verifique a fonte – não se prenda apenas a história apresentada na notícia, pesquise informações sobre o site e a reputação que possui entre os leitores e outros sites de jornalismo. 
  • Leia mais que o título e a chamada – muitas vezes, o título e a chamada da notícia são elaborados para gerar acesso a página e podem ter duplo sentido para que o leitor fique curioso e clique no link, por esse motivo é importante ser o texto por completo antes de sair por aí acreditando no recorte feito na apresentação do texto. 
  • Considere a autoria – você pode até não conhecer todos os redatores e jornalistas, mas pesquise em sites de busca o nome do autor para verificar se não há denúncias sobre publicação de notícias falsas na rede. 
  • Cheque as fontes de apoio – é válido checar se há referências na publicação ou links de apoio ao que está presente no texto para acessar, garantindo que o que foi publicado é verdade. 
  • Atente-se à data – uma notícia muito antiga costuma perder a sua relevância com o passar do tempo, geralmente as coisas já mudaram e a realidade é outra no presente. Imagine o problema que seria apresentar uma informação ultrapassada na prova de atualidades. 
  • Certifique-se de que não é uma piada – algumas polêmicas são criadas a partir de notícias publicadas em sites ou em páginas de humor porque alguém não compreendeu a piada. Este ponto está ligado à verificação da fonte, pois se você souber mais sobre ela entenderá o propósito daquilo que foi publicado. 
  • Fale com especialistas – colocou todas as ações sugeridas em prática e, mesmo assim, ficou em dúvida em relação à veracidade da notícia? Procure alguém que entenda de fato do assunto para o ajudar. 

Vale ressaltar que essa verificação deve se tornar um hábito a fim de que você não cometa erros que poderiam ser evitados no vestibular e no dia a dia ao conversar sobre algum assunto com outras pessoas. No próximo tópico, ficará claro como as fake news podem prejudicar o seu rendimento no momento das avaliações. Confira! 

Fake news atrapalha no repertório sociocultural? 

O repertório sociocultural é formado por todo conhecimento que você possui além do conteúdo específico de cada disciplina do ensino médio. Desse modo, as fake news podem atrapalhar justamente na formação desse repertório para o vestibular; visto que, caso não esteja atento, há o risco de apresentar em suas respostas dissertativas e na redação informações falsas.  

Algo que precisa ser compreendido é que o repertório sociocultural não é uma opinião pessoal, mas se trata de exemplos, dados, fatos, pesquisas reais ou obras de ficção que servem como comparação para alguma situação presente no tema proposto pela banca avaliadora do vestibular. Tenha cuidado para não cair na armadilha de acreditar em algo que uma notícia apresenta apenas por ser algo que você concorda, ou seja, que também é a sua opinião. Mesmo nesses casos, não deixe de investigar a veracidade da informação. 

Agora que você já tem em mente a importância de fugir das fakes news e como identificá-las, construa um repertorio sociocultural consistente para utilizar na prova de atualidades e na sua produção textual durante os seus estudos e no dia do vestibular. Todo cuidado é pouco para não perder a credibilidade por causa de equívocos nas informações expostas ao se posicionar sobre algo. 

Até mais! 

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Como o filme “O velho” pode te ajudar no vestibular?

O enredo de O velho se constrói em uma cela de presídio, nela se desenrola uma entrevista entre um assassino de 80 anos, interpretado por Luiz Guilherme, e um jornalista de um jornal de bairro, papel de Juno Andrade. Apesar de se chamar Arnaldo Roberto, o velho prefere chamá-lo de Bob durante todo o tempo. Essa maneira com que se dirige ao jornalista demonstra algum nível de intimidade e evidencia o quanto o assassino está confortável na situação. 

Bob tem algumas perguntas, porém inicia de modo desastroso, perguntando coisas óbvias e das quais já possui as respostas, algo que chega a irritar o velho. Entretanto, consegue chegar às questões mais importantes e interessantes para os objetivos presentes no contexto jornalístico, entre elas surgem:  

  • O que leva alguém a matar 45 pessoas? 
  • O que as vítimas tinham em comum? 
  • Por que o velho não se considera um assassino? 
  • Ele é louco, psicopata ou lúcido?  

O filme traz um questionamento muito significativo: em que circunstâncias matar alguém poderia se tornar justificável? Há momentos nos quais o jornalista é totalmente envolvido pela fala do velho, o que o faz desviar o foco de sua entrevista, perdendo o controle que estava mantendo ao longo da conversa.  

A seguir, falaremos sobre os principais temas que se sobressaem nesse longa-metragem, que pode evidenciar como ser bom em redação ao usá-lo como repertório sociocultural em sua produção textual. Continue a leitura para descobrir como as temáticas dessa obra podem o ajudar no vestibular! 

Justiça com as próprias mãos versus pena de morte 

No filme, há de maneira bem evidente um contraponto entre fazer justiça com as próprias mãos e a pena de morte. O velho questiona o motivo de estabelecer a morte de alguém a partir de uma lei é diferente do que ele fez nos 45 assassinatos, ele afirma que a motivação é a mesma: a raiva ou o ódio. Isso porque, segundo ele, nas duas ocasiões o julgamento parte do mesmo princípio, há alguém que teve ações que desrespeitaram alguma coisa e quem decide pela morte do outro pode acreditar que está tornando o mundo melhor. Ele afirma que qualquer pessoa acima do seu limite de raiva é capaz de matar. 

Depois de toda a argumentação do velho, o que se sobressai para quem assiste é “por que a pena de morte não seria igualmente um crime bárbaro”? Essa pergunta permite que no vestibular seja embasado o nosso ponto de vista sobre pena de morte. Na redação, é possível utilizar esse repertório sociocultural tanto para se mostrar a favor quanto para se posicionar contra a pena de morte, uma vez que há argumentos claros que podem justificar os dois lados. Ao comparar justiça com as próprias mãos à pena de morte, o seu texto pode construir uma argumentação contra o tema. Já ao trazer a temática como uma possibilidade que partirá de critérios legais e seguirá por um julgamento bem elaborado a fim de que inocentes não sejam afetados, você estará a favor desse tipo de penalização. 

Genocídio  

Em alguns momentos do filme, é levantada a questão do porquê pessoas que matam em momentos históricos dos países se tornam heróis nacionais e ele é considerado um assassino, uma vez que entende ter tornado o mundo melhor ao eliminar aqueles que considerava como pessoas que não contribuíam para a vida nesse planeta. Ele diz que matou, pois suportar o próximo não foi algo que conseguiu.  

Agora vamos pensar, não suportar as diferenças e as escolhas dos outros está lado a lado com a motivação dos genocídios que ocorreram ao longo da história. Isso porque o genocídio parte do princípio que não há como tolerar diferenças étnicas, raciais, religiosas, sociopolíticas etc., ou seja, é apresentado como necessidade emergente o extermínio sistêmico de um grupo que não se enquadra naquilo que outro grupo acredita ou defende como aspecto fundamental.  

No longa, o velho declara que as suas ações possuem um “quê” meio nazista, entretanto o seu estímulo não são as diferenças étnicas, raciais ou culturais, ele é encorajado a matar pessoas inúteis ou imbecis que ele não enxerga como significativas para a sociedade. Não há qualquer arrependimento em seu relato, inclusive, ele ironiza sobre deixar um legado para os jovens continuarem o que ele não teve tempo para terminar. Assim, caímos novamente em questionamentos:  

  • Consideramos assassino aquele que matou alguém ou que teve intenção ao matar? A motivação para isso se justifica? 
  • Se um estuprador for morto, esse assassinato foi correto?  
  • E para a mãe do estuprador a morte é justificável?  
  • A lei seria cega a esse ato criminoso? 

Dessa forma, você pode usar o filme como um bom exemplo para se posicionar contra o genocídio independentemente do recorte temático dado na proposta de redação. Isso ocorre devido às colocações que colocam em nível de igualdade matar alguém por não respeitar os vizinhos ou matar uma pessoa por estar cometendo crimes que chocam a sociedade, é dito pelo assassino que nesses dois casos exterminar indivíduos faria sentido e traria benefícios para o mundo. Apesar da boa argumentação do velho, chegamos à conclusão de que nada pode justificar assassinatos em massa, sejam os argumentos pautados na coletividade ou não.  

Então, se precisar dissertar sobre pena de morte, justiça com as próprias mãos ou, até mesmo, genocídio, lembre-se desse repertório sociocultural que o ajudará a ser bom em redação. Existem muitas obras cinematográficas que podem o auxiliar a construir uma argumentação, não deixe de prestar atenção nisso quando assistir a algum filme ou série.  

Bom com essa dica você já sabe como ser bom em redação, volte por aqui que outros textos vão contribuir muito com o seu progresso enquanto se prepara para o vestibular. Até mais! 

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Qual a importância do repertório sociocultural?

Você já deve ter escutado vários professores dizendo que ter repertório sociocultural é importante, porém ficou em dúvida sobre esse assunto por não compreender bem o que de fato é essa ferramenta ou como adquiri-la? Já antecipamos que seus professores não estavam errados, possuir um bom repertório ao prestar vestibular é fundamental, não apenas para a elaboração da redação, mas também para resolução das questões ao longo das provas, para a sua vida social e para o seu dia a dia. 

Então, pode acreditar: ao possuir em mente um bom repertório sociocultural você terá mais chances na hora do vestibular e de conseguir um emprego, além de proporcionar facilidades para a sua vida social e para o seu dia a dia. Isso porque ter conhecimento sobre diversas áreas do conhecimento mostra o quanto você se preocupa em se informar em relação aos mais variados temas, característica essencial para se destacar em meio a outras pessoas e, no caso do vestibular, em meio a outros candidatos. 

Fique tranquilo que vamos tirar todas as suas dúvidas e ainda lhe ajudar a conquistar um repertório eficiente. Continue a leitura! 

O que é repertório sociocultural? 

Antes de mais nada, você precisa entender o que é um repertório sociocultural. Em resumo, ele é todo conhecimento que foi adquirido ao longo da vida de uma pessoa por meio de suas experiências e estudo, ou seja, trata-se tanto dos saberes conquistados na escola — como sociologia, história, matemática etc. — quanto daquilo que se aprende em situações comuns do dia a dia, como assistindo a um filme ou uma série. 

Em outras palavras, o seu repertório é a bagagem de conhecimento que você possui. Dessa forma, o repertório na redação, principalmente quando for um texto dissertativo -argumentativo, pode abranger um livro literário de um autor clássico e/ou uma série que está muito famosa na atualidade e os dois colaborem de maneira efetiva para uma boa avaliação do texto, porque o que será analisada é a capacidade de se relacionar ao tema a situação ou o conceito escolhido, construindo um embasamento consistente para o ponto de vista apresentado.  

Entretanto, existem muitos tipos de repertório sociocultural e é sobre isso que vamos falar adiante. Acompanhe! 

Quais são os tipos de repertório sociocultural? 

Existem diversas possibilidades de aplicação quando se trata de repertório sociocultural. Assim, o mais importante é que o tipo escolhido realmente se adeque ao tema proposto pela banca de redação e de fato colabore para você construir uma reflexão crítica sobre a temática. Os mais utilizados são: 

  • dados estatísticos; 
  • alusões históricas, literárias, cinematográficas etc.; 
  • fatos que tenham comprovação; 
  • pesquisas de fontes confiáveis; 
  • analogias e comparações. 

Você pode inserir o repertório na redação por meio de citações diretas (reproduzindo as palavras do autor entre aspas duplas) ou indiretas (as palavras do autor são parafraseadas sem o uso de aspas duplas). A melhor opção a fim de tornar mais fluido o texto é a citação indireta; pois, assim, há uma oportunidade de explicar com mais qualidade e de relacionar melhor ao tema. 

Um outro ponto muito importante, é que independentemente do tipo escolhido ele precisa ser um repertório legitimado. Isso significa que é necessário que você apresente informações, fatos, situações com respaldo nas Áreas do Conhecimento (ciência, tecnologia e cultura). Portanto, lembre-se de sempre sinalizar autor, fonte, nome da obra etc., pois apenas assim será possível identificar que o seu repertório é legitimado

Agora que você já sabe o que é e os tipos de repertório sociocultural, quer descobrir como aumentá-lo? Veja as nossas dicas nas próximas linhas! 

Como aumentar a bagagem cultural? 

Com certeza, não basta saber o que é o repertório sociocultural e os seus tipos. Por esse motivo, separamos 7 dicas para você começar imediatamente a aumentar a sua bagagem cultural. 

  1. Leia com muita frequência: infelizmente, se você é daqueles que foge das atividades que envolvem muita leitura, precisamos lhe informar que adquirir o hábito de leitura ainda é uma das melhores maneiras para ampliar a sua bagagem cultural. 
  2. Faça pesquisas: quanto mais você pesquisar, mais obterá informações atualizadas e que nem todas as pessoas procuram saber. Isso é um grande diferencial para se destacar entre tantos candidatos nos vestibulares. 
  3. Assista a filmes, séries e documentários: talvez essa seja a dica mais fácil de colocar em prática. Procure produções que abordem assuntos relevantes e globais, mas lembre-se que até aquelas que aparentam ser mais leves ou de humor podem conter muita reflexão para ser feita. Aqui ao mesmo tempo que estiver estudando, você se divertirá.
  4. Analise o mundo de forma crítica: ter um olhar atento ao mundo que está a sua volta e refletir sobre ele, é uma maneira de melhorar o seu repertório. Seja observador, prestando atenção na realidade será possível construir relações críticas com diversos conteúdos que você tem estudado enquanto se prepara para o vestibular. 
  5. Conheça as manifestações culturais da sua região: quais são os costumes e hábitos das pessoas que moram na sua região? Você sabe as manifestações culturais que ocorrem em sua cidade? Saber essas informações faz diferença ao se deparar com algum tema em que permite uma comparação entre contextos sociais e/ou culturais diferentes.  
  6. Faça fichamentos por eixo temático: separando dessa forma, você perceberá que ficará muito mais fácil revisar e aprofundar o seu repertório. A função desse recurso não é decorar citações, mas entender como cada informação, livro, conceito etc. de um eixo temático podem funcionar juntos dependendo do tema proposto.
  7. Fale com pessoas: conversar com outras pessoas sobre as suas descobertas faz com que você de fato internalize as informações. Como já dissemos, melhor que decorar é compreender como utilizar cada repertório de maneira crítica na sua produção textual.   

Colocando essas dicas em prática você vai arrasar com o repertório na redação e responder às questões com muito mais facilidade. Fique por aqui que mais dicas estão por vir! 

Até mais!