Categorias
vestibular

Como fazer uma boa argumentação na redação?

A redação dissertativa argumentativa é, sem dúvida, o gênero textual mais exigido em grande parte dos vestibulares brasileiros. Por essa razão, esse tipo de texto acaba se tornando a prioridade no momento da prática redacional da maioria dos estudantes em fase pré-vestibular. Entretanto, mesmo entre aqueles que já conhecem as particularidades e a estrutura da redação dissertativa argumentativa ainda pairam muitas dúvidas, por exemplo: como construir uma argumentação na redação? Existem melhores ou piores argumentos para redação? Afinal, como ser bom em redação 

 

Como a redação quase sempre corresponde a uma parcela importante da nota do vestibular e pode fazer toda a diferença no momento da aprovação, é importante que você saiba construir uma boa argumentação na redação. Se você já se perguntou sobre algum dos pontos que mencionamos anteriormente e não encontrou boas respostas, saiba que, neste texto, vamos esclarecer essas dúvidas, que são extremamente comuns entre pré-vestibulandos.  

 

Quer saber como ser bom em redação definitivamente e entrar na faculdade de seus sonhos? Então, leia atentamente as dicas que preparamos para você! 

O que não colocar no argumento de uma redação? 

Certamente você já deve ter se deparado com o seguinte dilema quando estava escrevendo alguma redação dissertativa argumentativa: o que eu vou usar como argumentos para redação deste texto? Isso porque está completamente sem ideias e não sabe como defender seu ponto de vista. Em momentos assim, muitos alunos recorrem a algumas “dicas” duvidosas disponíveis na internet, difundidas principalmente entre influenciadores digitais, uma dessas dicas é o chamado “repertório coringa”. Este, por sua vez, nada mais é do que um determinado conteúdo, citação ou argumento de autoridade que supostamente poderia servir para todo e qualquer tema.  

Infelizmente temos que alertar que aderir a essa prática pode ser bem prejudicial para a sua produção textual, uma vez que dois dos critérios de destaque na correção do texto são a autoria e a originalidade. Isto é, sem dúvidas mais candidatos podem confiar em seguir essa “dica”, o que faz com que o seu texto se torne só mais um com uma referência extremamente banal, já que caiu no senso comum. Dessa forma, usar esse tipo de tática só irá enfraquecer sua argumentação na redação, além de que existe uma grande possibilidade de perder pontos em coerência e adequação ao tema.  

Nesse sentido, imagine que o tema seja “Como resolver o problema de saneamento básico no Brasil” e você resolve citar o livro “Utopia”, de Thomas More, um dos “repertórios coringas” mais famosos. Será que o enredo do livro, em algum momento, de fato tocará na questão do saneamento básico, ou não há relação alguma entre as duas coisas? Pois é, isso poderia caracterizar um problema de coesão, visto que não há uma clara conexão entre o repertório e o tema. Logo, é necessário muito domínio de escrita para relacionar o eixo temático e a obra desse filósofo de maneira que faça realmente sentido para a argumentação. 

Além disso, é importante salientar que convicções pessoais e opiniões não são argumentos para redação, o motivo é que não há nesse tipo de “achismo” embasamento científico, cultural ou social que prove a sua relevância. Por isso, esteja atento no momento da escrita e veja a seguir como ser bom em redação. 


5 dicas para argumentar bem

Agora que você já sabe o que não deve fazer em sua argumentação na redação, preparamos dicas especiais para que você entenda de vez como formular argumentos consistentes em sua dissertação e garanta uma boa nota. Confira! 

  1. Formule uma boa tese: pode parecer muito evidente e até brincadeira, mas o fato é: tudo começa a partir de um começo. Isso quer dizer que, por melhores que sejam as suas ideias, se você não souber formular uma tese consistente, que, por sua vez, será o guia para toda a sua argumentação, com certeza não conseguirá desenvolver bons argumentos para redação. Isto é, antes de pensar em quais argumentos você irá usar em seu texto, reflita bem sobre qual será a ideia principal a ser defendida em sua redação.

  2. Analise criticamente a realidade: pondere acerca de quais argumentos devem ser trazidos em sua redação e quais são inúteis. Assim, após a definição clara da tese (item anterior) é preciso passar pela identificação dos argumentos realmente relevantes para defendê-la e, por consequência, pelo descarte daqueles que são simplesmente desnecessários, excessivos, obsoletos ou mesmo danosos à sua argumentação. Para fazer boas escolhas, avalie a realidade atual e a sua relação com o tema.

  3. Comprove suas afirmações com dados factuais: é sempre importante demonstrar que as suas análises estão assentadas na realidade e que seus argumentos são pautados em fatos. Por essa razão, bons argumentos não são ideias inventadas em nossa cabeça, mas construídas a partir de uma visão de mundo baseada em algo relevante. Logo, é preciso comprovar todas as afirmações e conjecturas mobilizadas em sua redação dissertativa argumentativa, caso contrário, é como se você estivesse inventando algo a partir de suas próprias convicções, de modo que seu texto não persuadirá quem o lê. 

  4. Não se apoie exclusivamente em argumentos de autoridade: um equívoco bastante comum é limitar-se a reproduzir opiniões de outros autores como uma estratégia de argumentação na redação, sem colocar a sua posição. Essa prática é bastante negativa, por mais célebre que seja a referência citada. A voz do autor precisa estar em evidência na redação. Assim, evite fazer um arrolamento de frases de autores consagrados, como filósofos e escritores, sem colocar seu posicionamento de modo explícito.  

  5. Evite utilizar referências contidas nos textos motivadores: pensando na premissa enunciada no item anterior, é importante também que você não parafraseie argumentos e ideias dos autores citados na coletânea de textos motivadores, uma vez que essa prática configura plágio. Ainda que as ideias desses textos sejam guias importantes para a sua argumentação, elas devem somente nortear os seus próprios argumentos, mas em hipótese alguma serem os argumentos em si.  

Entendeu como ser bom em redação? Sem dúvidas agora você sabe exatamente o que deve e o que não deve ser feito no momento da escrita de sua dissertação argumentativa. Bons estudos!

Categorias
vestibular

Quais os erros mais comuns na redação do Enem?

Muitos estudantes, ao treinarem a escrita para descobrir como ser bom em redação, estudam as qualidades de uma dissertação e o que ela deve conter para que seja considerada uma redação nota mil. Muitas vezes, o que não é considerado é que, para entender de fato como ser bom em redação, é preciso conhecer também os erros mais comuns na redação a fim de evitá-los. Não saber a estrutura de uma dissertação argumentativa e, principalmente, a diferença entre a constatação de um fato e a mera exposição de ideias com um posicionamento consistente em defesa de um ponto de vista pode ser considerado um dos piores erros na redação do Enem.  

 

Desse modo, como a produção textual corresponde a boa parte da nota final do Enem, é preciso aprender muito bem não apenas o que é possível e desejável fazer, mas também o que não deve ser feito. Se você quer saber quais erros na redação do Enem que podem deixar cada vez mais distante da tão sonhada redação nota mil, leia e pratique as dicas especiais que preparamos!  

 

O que se deve evitar em uma redação? 

Você se preparou, assistiu atentamente a todas as aulas de redação e sabe bem o que deve fazer, mas não tem uma boa compreensão acerca do que pode prejudicar a sua nota final? Separamos de forma bastante concisa os erros na redação do Enem que você deve evitar. Confira! 

  1. Erros ortográficos, de pontuação e de concordância: o domínio da norma padrão do português, ou norma culta, é um dos critérios avaliados pela banca de redação do Enem. Por esse motivo, não adianta você incluir um repertório sociocultural variado e adequado em sua redação, construir uma boa argumentação e cometer deslizes como erros de acentuação, ortografia e pontuação. Assim, é importante que você não deixe de estudar gramática e, também, sempre revise os seus textos conforme treina a escrita.

  2. Fuga ou tangenciamento ao tema: dentre os erros mais comuns na redação, achar que toda e qualquer informação que esteja relacionada ao tema tem necessariamente a ver com o caminho esperado para a sua argumentação certamente é um ponto de vista equivocado. Confundir o geral com o específico ou vice-versa, assim como falar sobre os atos de um governante quando é pedido que sejam discutidas políticas públicas existentes no país, por exemplo, estão entre os principais deslizes que levam os candidatos a não apenas tangenciar, mas também a fugir ao tema proposto.
  3. Usar a primeira pessoa do singular: a dica mais simples que poderíamos dar aqui é: jamais use a primeira pessoa do singular para defender um ponto de vista. Ela configura expressão de opinião pessoal e, como diz um velho ditado, opinião não é argumento. Então, prefira as formas indeterminadas ou, em último caso, a primeira pessoa do plural, também conhecida como “plural majestático”.

  4. Basear-se unicamente nos textos motivadores: outro dos erros mais comuns na redação é parafrasear ou, pior ainda, copiar as ideias ou trechos dos textos motivadores sem trazer nada de autoral ao texto em questão. Tanto no Enem quanto nos principais vestibulares se espera que os candidatos tenham capacidade crítica de discussão e de reflexão sobre problemas atuais e concretos, logo, você pode se limitar a repetir acriticamente ideias alheias.

  5. Usar gírias e expressões de baixo calão: em absolutamente nenhuma redação nota mil você encontrará termos dessa categoria. Ao contrário, sempre que aparecem são penalizados com perda parcial ou total da pontuação, dependendo do vestibular. Sempre considere que as gírias e/ou as palavras de baixo calão denotam limitação de vocabulário e pouco domínio dos recursos do idioma, portanto não as utilize na sua produção textual. 

Além desses deslizes que não devem ser cometidos para obter uma redação nota mil, vale estar atento para não cometer infrações textuais graves e, como consequência, ter o seu texto zerado. Então, segue para o próximo tópico que lá explicaremos como não correr esse risco no dia dos exames de vestibular! 

 

Como não zerar na redação? 

Para quem se pergunta “como ser bom em redação?”, a seguir há algumas dicas práticas que podem ser empregadas sempre que esse questionamento surgir.   

  1. Cópia integral dos textos motivadores: jamais faça isso se você deseja produzir uma redação nota mil, ou mesmo se sua meta for uma redação bem feita e bem avaliada. Fazer isso é ir na contramão do que se espera de um candidato capaz de pensar criticamente.

  2. Desrespeito aos direitos humanos: outro que está entre os maiores erros na redação do Enem é o recurso a discursos de ódio, preconceituosos e/ou que desrespeitem abertamente os direitos humanos. Pergunte a si mesmo: é preciso fazer faculdade para continuar reiterando posturas tão abertamente contrárias ao crescimento pessoal e coletivo? Se você questionar a fundo sobre como ser bom em redação certamente perceberá que isso implica ser capaz também de ser bom em uma série de outras práticas, quem pensa bem escreve bem, portanto, age bem também. Fica a dica.

  3. Fuga ao tema: compreender a proposta temática é uma das competências exigidas pelo Enem. Se o tema pede para você discutir problemas de acesso à educação básica no Brasil e você falar sobre as consequências do aquecimento global, por exemplo, terá seu texto zerado. 

  4. Fuga ao gênero proposto: o gênero textual exigido pelo Enem é uma dissertação argumentativa em prosa. Isso significa que você precisará mobilizar argumentos em defesa de um ponto de vista específico acerca de um problema social e, na conclusão, propor uma solução para esse problema. Desse modo, se você redigir um texto meramente informativo, por exemplo, fugirá ao gênero proposto, o que zerará sua redação. 

  5. Não faça textos com 07 linhas ou menos: novamente, nenhuma redação nota mil, ou com notas acima da média, será produzida num espaço tão breve. Argumentação requer ponderação e capacidade de articulação de ideias, o que certamente demandará no mínimo algumas linhas a mais para desenvolver bem um ponto de vista consistente.

  6. Assinar a folha de redação: caso você assine a folha de redação fora do cabeçalho que consta no topo dela, seu texto será zerado. Não é permitido que você se identifique com o nome, pois isso compromete a lisura do processo de correção.  

Essas são apenas algumas dicas práticas para não zerar na redação do Enem e não perder pontos com deslizem que podem ser evitados. Se você está realmente determinado a descobrir como ser bom em redação, conte sempre com o apoio do Curso Anglo para o ajudar a produzir uma redação cada vez melhor.  

Até mais! 

Categorias
vestibular

5 mitos sobre a redação do Enem

Quase todo estudante em fase pré-vestibular já se perguntou em algum momento como ser bom em redação ou como fazer uma redação nota mil no Enem. Muitos pensam que essa tarefa é praticamente impossível e que escrever bem exige dons quase sobrenaturais. Não é incomum que, após os períodos de provas, os candidatos que tiraram nota máxima em redação concedam entrevistas para grandes jornais dando dicas sobre a escrita e disponibilizando o texto produzido para a prova como um dos exemplos de textos dissertativos argumentativos que obtiveram destaque. Ao ler esses textos, muitos candidatos se comparam com os autores e se assustam ao constatar que talvez suas produções estejam pouco distantes do modelo ideal.  

 

Em contrapartida, por mais que a redação possa parecer algo muito difícil, é preciso que você desconstrua a ideia de que a redação nota mil é algo praticamente inalcançável. Esse é um dos principais mitos sobre a redação do Enem. Se você quiser saber como ser bom em redação, o que a prova exige e quais são os mitos a respeito da redação do Enem, continue a leitura! 

 

Quais são os mitos sobre a redação do Enem? 

O primeiro grande mito sobre a redação do Enem – ou sobre como ser bom em redação de um modo geral – já mencionamos acima: é a crença de que jamais seremos bons o suficiente para redigir uma redação nota mil. Isso é algo que inventamos para nós mesmos, porque qualquer pessoa é capaz de produzir um bom texto desde que treine a própria escrita com constância. Confira outros principais mitos sobre a redação do Enem: 

  1. É necessário citar pensadores famosos para obter nota máxima 
    Por mais que um dos critérios de avaliação do Enem, sobre o qual falaremos mais adiante, realmente exija que você inclua um repertório sociocultural diversificado em seu texto, não existe uma regra específica de qual seja esse repertório. Isto é, não existe um conteúdo superior a outro, ou preferível. Desde que o repertório que você escolheu incluir no seu texto tenha relação com a proposição temática e, também, com seus argumentos, ele é válido. A grande questão é que, de fato, nos exemplos de textos dissertativos argumentativos considerados ideais, muitas vezes aqueles tais pensadores acabam aparecendo. Por outro lado, incluí-los em seu texto não é obrigatório e nem garantirá nota máxima.
  2. Existe um número certo de parágrafos 
    Com a finalidade de sistematizar a estrutura do gênero dissertativo argumentativo, muitos professores sugerem que o texto do Enem tenha 4 parágrafos. A ideia é que os parágrafos sejam divididos dessa forma para que as três partes do texto (introdução, desenvolvimento e conclusão) fiquem bem demarcadas. Entretanto, essa não é uma regra, nem um critério que será avaliado. A única penalização com relação à estrutura acontece quando o candidato redige um texto de um único parágrafo (monobloco), mas mesmo esses textos não são desclassificados apenas pela estrutura. Assim, a redação pode ter três, quatro ou até mesmo cinco parágrafos, desde que as ideias estejam articuladas de modo coerente.
    O ponto fundamental quanto à estrutura de um texto, levando em conta exemplos de textos dissertativos argumentativos exemplares, segue um padrão: tese clara, desenvolvimento coerente com ela e uma conclusão que amarre as duas partes, ou seja, que mostre como aquilo que foi dito no início (tese) realmente pode ser deduzido ou comprovado por meio dos argumentos apresentados, independentemente do número de parágrafos.
  3.  É proibido criticar o governo 
    Outro mito bastante comum é a ideia de que é proibido criticar o governo. Na realidade, o manual do candidato do Enem aconselha que a redação não seja exclusivamente um manifesto ou panfleto político favorável ou contrário a algum governo. Isso não significa que seja proibido tecer críticas ao governo, a governantes nem a instituições, desde que essa crítica seja fundamentada e esteja relacionada à sua argumentação. Há diversos exemplos de textos dissertativos argumentativos que obtiveram nota máxima que tecem críticas pertinentes e bem fundamentadas. Considerando isso, você tem liberdade para apontar erros do governo e mostrar como essas falhas podem ser minimizadas, propondo intervenções para esses problemas.
  4. É proibido usar conteúdo dos textos motivadores 
    Outra preocupação para redigir uma redação nota mil está relacionada com a escolha dos repertórios que serão utilizados para fundamentar a argumentação. Muitas vezes, os candidatos pensam que há alguma proibição em relação ao uso de informações contidas nos textos motivadores. Seu texto deve ser, de fato, autoral, mas isso não significa que você não possa usar informações da coletânea de maneira alguma. É preciso ter cautela para não copiar ou parafrasear argumentos, de modo a garantir que seu texto esteja autoral e não seja penalizado por cópia dos textos motivadores. Entretanto, é perfeitamente possível que você inclua dados ou informações contidas na coletânea de textos para auxiliar outros repertórios socioculturais que esteja utilizando em sua argumentação.

 

E você sabe o que não pode citar na redação do Enem? No próximo tópico, há algo muito importante sobre isso. Acompanhe! 

 

O que não pode citar na redação do Enem? 

Já que agora você já sabe quais são os mitos sobre a redação do Enem e o que pode fazer no seu texto, é importante destacar o que não citar na sua redação do Enem. Uma das respostas para o questionamento: como ser bom em redação? consiste também em conhecer, também, o que não deve ser feito, a fim de garantir uma boa nota.  

Em seu texto, você jamais deve ferir os direitos humanos. Propor censuras, restrição do acesso à informação, encarceramento em massa, qualquer tipo de discriminação que fira a dignidade humana ou a igualdade de direitos. Propostas de intervenção dessa natureza são penalizadas ou podem até mesmo zerar a nota da sua competência 5. Argumentos pautados em crenças religiosas e que ferem a laicidade do Estado também são penalizados, pois não são argumentos que levam em consideração a diversidade de religiões ou convicções da sociedade de modo geral. 

 

Para entender os critérios de correção da redação do Enem, leia o texto “Enem: quais são as 5 competências cobradas na redação?”. Esperamos que, após a leitura deste texto e da nossa sugestão, você tenha entendido como ser bom em redação 

Até mais! 

Categorias
vestibular

Como o filme “O velho” pode te ajudar no vestibular?

O enredo de O velho se constrói em uma cela de presídio, nela se desenrola uma entrevista entre um assassino de 80 anos, interpretado por Luiz Guilherme, e um jornalista de um jornal de bairro, papel de Juno Andrade. Apesar de se chamar Arnaldo Roberto, o velho prefere chamá-lo de Bob durante todo o tempo. Essa maneira com que se dirige ao jornalista demonstra algum nível de intimidade e evidencia o quanto o assassino está confortável na situação. 

Bob tem algumas perguntas, porém inicia de modo desastroso, perguntando coisas óbvias e das quais já possui as respostas, algo que chega a irritar o velho. Entretanto, consegue chegar às questões mais importantes e interessantes para os objetivos presentes no contexto jornalístico, entre elas surgem:  

  • O que leva alguém a matar 45 pessoas? 
  • O que as vítimas tinham em comum? 
  • Por que o velho não se considera um assassino? 
  • Ele é louco, psicopata ou lúcido?  

O filme traz um questionamento muito significativo: em que circunstâncias matar alguém poderia se tornar justificável? Há momentos nos quais o jornalista é totalmente envolvido pela fala do velho, o que o faz desviar o foco de sua entrevista, perdendo o controle que estava mantendo ao longo da conversa.  

A seguir, falaremos sobre os principais temas que se sobressaem nesse longa-metragem, que pode evidenciar como ser bom em redação ao usá-lo como repertório sociocultural em sua produção textual. Continue a leitura para descobrir como as temáticas dessa obra podem o ajudar no vestibular! 

Justiça com as próprias mãos versus pena de morte 

No filme, há de maneira bem evidente um contraponto entre fazer justiça com as próprias mãos e a pena de morte. O velho questiona o motivo de estabelecer a morte de alguém a partir de uma lei é diferente do que ele fez nos 45 assassinatos, ele afirma que a motivação é a mesma: a raiva ou o ódio. Isso porque, segundo ele, nas duas ocasiões o julgamento parte do mesmo princípio, há alguém que teve ações que desrespeitaram alguma coisa e quem decide pela morte do outro pode acreditar que está tornando o mundo melhor. Ele afirma que qualquer pessoa acima do seu limite de raiva é capaz de matar. 

Depois de toda a argumentação do velho, o que se sobressai para quem assiste é “por que a pena de morte não seria igualmente um crime bárbaro”? Essa pergunta permite que no vestibular seja embasado o nosso ponto de vista sobre pena de morte. Na redação, é possível utilizar esse repertório sociocultural tanto para se mostrar a favor quanto para se posicionar contra a pena de morte, uma vez que há argumentos claros que podem justificar os dois lados. Ao comparar justiça com as próprias mãos à pena de morte, o seu texto pode construir uma argumentação contra o tema. Já ao trazer a temática como uma possibilidade que partirá de critérios legais e seguirá por um julgamento bem elaborado a fim de que inocentes não sejam afetados, você estará a favor desse tipo de penalização. 

Genocídio  

Em alguns momentos do filme, é levantada a questão do porquê pessoas que matam em momentos históricos dos países se tornam heróis nacionais e ele é considerado um assassino, uma vez que entende ter tornado o mundo melhor ao eliminar aqueles que considerava como pessoas que não contribuíam para a vida nesse planeta. Ele diz que matou, pois suportar o próximo não foi algo que conseguiu.  

Agora vamos pensar, não suportar as diferenças e as escolhas dos outros está lado a lado com a motivação dos genocídios que ocorreram ao longo da história. Isso porque o genocídio parte do princípio que não há como tolerar diferenças étnicas, raciais, religiosas, sociopolíticas etc., ou seja, é apresentado como necessidade emergente o extermínio sistêmico de um grupo que não se enquadra naquilo que outro grupo acredita ou defende como aspecto fundamental.  

No longa, o velho declara que as suas ações possuem um “quê” meio nazista, entretanto o seu estímulo não são as diferenças étnicas, raciais ou culturais, ele é encorajado a matar pessoas inúteis ou imbecis que ele não enxerga como significativas para a sociedade. Não há qualquer arrependimento em seu relato, inclusive, ele ironiza sobre deixar um legado para os jovens continuarem o que ele não teve tempo para terminar. Assim, caímos novamente em questionamentos:  

  • Consideramos assassino aquele que matou alguém ou que teve intenção ao matar? A motivação para isso se justifica? 
  • Se um estuprador for morto, esse assassinato foi correto?  
  • E para a mãe do estuprador a morte é justificável?  
  • A lei seria cega a esse ato criminoso? 

Dessa forma, você pode usar o filme como um bom exemplo para se posicionar contra o genocídio independentemente do recorte temático dado na proposta de redação. Isso ocorre devido às colocações que colocam em nível de igualdade matar alguém por não respeitar os vizinhos ou matar uma pessoa por estar cometendo crimes que chocam a sociedade, é dito pelo assassino que nesses dois casos exterminar indivíduos faria sentido e traria benefícios para o mundo. Apesar da boa argumentação do velho, chegamos à conclusão de que nada pode justificar assassinatos em massa, sejam os argumentos pautados na coletividade ou não.  

Então, se precisar dissertar sobre pena de morte, justiça com as próprias mãos ou, até mesmo, genocídio, lembre-se desse repertório sociocultural que o ajudará a ser bom em redação. Existem muitas obras cinematográficas que podem o auxiliar a construir uma argumentação, não deixe de prestar atenção nisso quando assistir a algum filme ou série.  

Bom com essa dica você já sabe como ser bom em redação, volte por aqui que outros textos vão contribuir muito com o seu progresso enquanto se prepara para o vestibular. Até mais! 

]]>