Categorias
vestibular

Como ingressar na Unicamp?

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é considerada uma das melhores universidades da América Latina, segundo o resultado publicado pelo ranking latino-americano do Times Higher Education (THE). É possível ler mais sobre esse assunto no texto “Você sabe quais são as melhores universidades da América Latina?”, que publicamos no Blog Anglo.  

E, antes de falarmos sobre as formas de ingresso na Unicamp, vale saber que a instituição possui 4 campi, o maior fica localizado em Campinas e os outros três se localizam nas cidades de Piracicaba, Limeira e Paulínia. Ela é referência em ensino e pesquisa, estando preocupada com a formação integral de cada estudante, por esse motivo o seu vestibular, elaborado pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), está na lista dos mais concorridos do Brasil. 

Há diversas maneiras de ingressar na Unicamp, além do vestibular tradicional aplicado pela instituição. Veja: 

Neste texto, falaremos sobre as duas principais formas de entrar na Unicamp: Enem-Unicamp e Comvest regular. Então, se você quer mais informações para começar a se preparar para esse processo seletivo, continue a leitura para sair na frente dos seus concorrentes. Vamos lá? 

Como funciona vestibular da Unicamp? 

A prova Unicamp, elaborada e aplicada pela Comvest, é dividida em duas fases, há também prova de Habilidades Específicas para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais, Dança e Música. Todos os candidatos precisam realizar a primeira fase, pois ela é eliminatória e classificatória para a segunda fase Unicamp.  

A primeira fase é composta por 72 questões objetivas, abordando as áreas do conhecimento estudadas durante o ensino médio, além do conhecimento técnico específico, é necessário estar preparado para questões interdisciplinares. (no vestibular 2022, a Unicamp cobrou questões interdisciplinares na 2ª fase). Essa etapa vale até 72 pontos, ou seja, cada uma das questões permite que você conquiste 1 ponto. As perguntas são organizadas da seguinte maneira: 

  • Língua portuguesa e literatura: 12 questões; 
  • Matemática: 12 questões; 
  • Biologia: 8 questões; 
  • Física: 8 questões; 
  • Geografia/Sociologia: 8 questões; 
  • História/Filosofia: 8 questões; 
  • Inglês: 8 questões; 
  • Química: 8 questões. 

Para resolver todas as perguntas, o candidato tem no máximo 4 horas (no vestibular 2022, a Unicamp ampliou de 4 horas para 5 horas) e só poderá deixar a sala de aplicação após 2 horas do início da prova Unicamp. Então, se prepare para administrar bem o seu tempo. 

A convocatória para a segunda fase Unicamp é feita por carreira a partir da classificação de cada candidato. Os alunos aprovados para a 2ª fase devem ter tirado nota igual ou superior a nota de corte. O cálculo da nota de corte da 1ª fase considera o número total de vagas do vestibular e o multiplica por determinado número, de acordo com a concorrência do curso: o número total de vagas para a 2ª fase é multiplicado por 10 em cursos de alta concorrência, por 8 em cursos de média concorrência, por 6 em cursos menos concorridos. O número mínimo de convocados para a 2ª fase, em cada curso, será de 4 vezes o número de vagas do curso. Todos os empatados com o último serão convocados.  

Para melhor entender este ponto, recomendamos a leitura do SeLiga -Unicamp 2022

A segunda fase Unicamp é realizada em dois dias e a prova Unicamp de cada dia é composta por questões dissertativas, com algumas comuns a todos os candidatos e outras de conhecimentos específicos, considerando a opção de curso. Veja: 

  • Primeiro dia — provas para todos os estudantes:  
  • Redação à 2 propostas de textos a fim de que o estudante escolha e desenvolva apenas 1; 
  • Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa à 8 questões; 
  • Língua inglesa à 2 questões interdisciplinares. 
  • Segundo dia — provas para todos os estudantes
  • Matemática à 6 questões; (no Vestibular 2022, houve 3 questões de matemática diferentes, com menor nível de dificuldade, exclusivamente para os candidatos de Humanas. Os candidatos de biológicas e exatas realizaram 6 questões comuns) 
  • Ciências Humanas à 2 questões interdisciplinares; 
  • Ciências da Natureza à 2 questões interdisciplinares. 
  • Segundo dia — provas conhecimentos específicos (PCE), conforme a opção de curso
  • Área de Ciências Biológicas/Saúde à 6 questões de Biologia e 6 questões de Química; 
  • Ciências Exatas/Tecnológicas à 6 Questões de Física e 6 questões de Química; 
  • Ciências Humanas/Artes à 6 Questões de Geografia e 6 questões de História, também envolvendo conteúdos de Filosofia e Sociologia. 

Dessa forma, cada estudante produzirá 1 redação e responderá a 10 questões no primeiro dia; e resolverá 22 questões no segundo dia. A Comvest estabeleceu que os candidatos terão no máximo cinco horas para terminar as provas nos dias de realização da segunda fase Unicamp, valendo o tempo mínimo de duas horas para deixar a sala de aplicação, assim como na prova Unicamp da primeira fase. 

Separamos algumas dicas, que podem o ajudar a se preparar com mais qualidade para o vestibular da Unicamp, no texto “Como ir bem no vestibular Unicamp 2022”, publicado no Blog Anglo. Dê uma passadinha nessa postagem e comece os seus estudos o quanto antes! 

Uma outra opção para conquistar uma vaga na Unicamp é se inscrever para as vagas reservadas para os estudantes que fizeram o último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado. No próximo tópico, explicaremos como funciona esse tipo de ingresso. Acompanhe! 

Como ingressar na Unicamp pelo Enem? 

Para concorrer às vagas reservadas para o Enem-Unicamp, é fundamental que o candidato esteja dentro de um dos critérios estabelecidos pela Comvest: 

  1. Ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou ter obtido o certificado do ensino médio pelo Enem até o ano de 2016 ou exames oficiais, vale ressaltar que mesmo com a certificação feita pelo Enem o estudante precisará provar que cursou o período do ensino médio integralmente no ensino público; 
  2. Ser autodeclarado preto ou pardo; 
  3. Ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou ter obtido o certificado do ensino médio pelo Enem até o ano de 2016 ou exames oficiais e Ser autodeclarado preto, pardo ou indígena. 

A distribuição das vagas para cada segmento descrito ocorre da seguinte maneira: 

  • 50% das vagas destinadas aos que se enquadram no primeiro segmento; 
  • 25% das vagas destinadas aos que se enquadram no segundo segmento; 
  • 25% das vagas destinadas aos que se enquadram no terceiro segmento; 

Os candidatos que se inscreverem para essa modalidade de ingresso precisarão apresentar documentação comprobatória para um dos três segmentos utilizados como critério de seleção. Aqueles que se classificarem, mas não apresentarem os documentos estarão eliminados do processo seletivo e terão a sua matrícula na Unicamp negada. 

Esperamos tê-lo ajudado a compreender melhor como ingressar nessa universidade de prestígio que, com certeza, pode fazer toda diferença na sua carreira. Não deixe de voltar aqui para mais dicas sobre vestibular! 

Até mais! 

]]>
Categorias
vestibular

Proposta de intervenção: o que é e como aplicar na redação!

Estudando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), você já deve ter se dado conta de que a redação desse processo seletivo é um pouco diferente das de outras instituições. Os vestibulares tradicionais, como o aplicado pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) que permite o ingresso no Universidade de São Paulo (USP), costumam cobrar a produção de uma redação dissertativa-argumentativa, assim como o Enem, porém esse exame avalia por meio de competências da redação, além de exigir que o candidato elabore uma proposta de intervenção no final do seu texto. 

A redação vale mil pontos. A pontuação é gerada a partir de 5 competências avaliadas, cada uma vale 200 pontos. A proposta de intervenção é uma dessas competências e, portanto, vale 1/5 da nota final da redação. 
Isso significa que, se você elaborar uma boa proposta, já terá garantida essa pontuação, que equivale a 20% do total da nota. Então, entender o que é esse critério e como elaborá-lo bem pode o ajudar a se destacar entre tantos candidatos.  

Ficou interessado em saber tudo sobre esse diferencial da prova do Enem? Vá ler as próximas linhas sem perder tempo! 

O que é a proposta de intervenção? 

Antes de explicarmos do que se trata a proposta de intervenção, precisamos lembrá-lo que há 5 competências da redação avaliadas no Enem: 

  • C1 à Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. 
  • C2 à Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. Nessa competência o candidato deve demonstrar seu repertório cultural e não fugir do recorte temático apresentado pela proposta de redação 
  • C3 à Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 
  • C4 à Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Essa competência avalia a coesão e coerência textual 
  • C5 à Elaborar proposta de intervenção / soluções para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. 

Dito isso, fica claro que proposta de intervenção é a 5ª competência do Enem avaliada na redação. Em sua elaboração, espera-se que o estudante proponha soluções para um ou vários problemas, os quais se tornaram evidentes por meio dos argumentos construídos e que estão relacionados ao tema proposto pela banca avaliadora.  

O objetivo da criação de uma proposta é auxiliar na amenização ou no fim do problema presente na discussão apresentada por você ao longo do texto. É importante intervir, dando uma contribuição para a melhora da sociedade. Isso deve ser feito com base nos seus argumentos, ou seja, não é uma solução aleatória que foi construída sem qualquer relação com o restante da redação. Costuma-se colocá-la nos últimos parágrafos porque é a partir dela que o vestibulando tende a se encaminhar para a conclusão do texto. 

Nessa parte, não há mais desenvolvimento da argumentação, o que ocorre é a análise dos problemas destacados para possibilitar a elaboração de um trecho injuntivo, com instruções claras de como alcançar uma resolução da problemática.  
Vale ressaltar que as 5 competências da redação servem como critérios para uma avaliação objetiva e justa de todos os candidatos. Dessa forma, é importante compreendê-las muito bem e elaborar um texto alinhado a elas para conquistar a nota 1000 tão almejada por todos os estudantes que realizam o exame. 

Bom, depois de tudo que apresentamos, você já pode ficar tranquilo sobre o que é a proposta de intervenção, mas saber apenas isso não é o suficiente. É fundamental compreender como estruturar uma boa proposta. Quer ter domínio do que fazer na hora de escrever a sua proposta? Siga com a leitura para entender! 

Quais são os 5 elementos da proposta de intervenção? 

Chegamos a um ponto bem importante, a proposta de intervenção precisa ser extremamente detalhada. Para isso, são procurados pelo leitor 5 elementos que não podem faltar em sua composição. E a cada elemento presente são acrescentados 40 pontos na sua competência 5, podendo somar 200 pontos. Veja quais são esses elementos a seguir. 

  • Ação: o que será feito? 
  • Agente: quem realizará o que foi proposto? 
  • Modo ou meio: de que maneira será feito? Ou, por quais meios será realizado? 
  • Finalidade: qual o objetivo da ação? Ou, qual o resultado esperado daquilo que for realizado? 
  • Aprofundamento: Detalhar, a partir de exemplos e explicações, os 4 elementos anteriores 

Só será possível responder a essas perguntas se você voltar para o desenvolvimento da sua redação e analisar o problema e os argumentos utilizados para justificar o seu ponto de vista. É imprescindível que as suas escolhas estejam ligadas à discussão produzida por você. Pode parecer muita coisa para falar em um único parágrafo, porém com objetividade e treino as chances de cumprir com muita qualidade essa tarefa aumentam. 

Portanto, a proposta de intervenção se propõe a amarrar toda a argumentação por meio de uma solução praticável e bem detalhada. E para conseguir a nota máxima é crucial aprender a colocar em prática aquilo que as competências do Enem avaliam na redação dos candidatos, o que inclui intervir com qualidade sobre a problemática que está relacionada ao tema. 

Ainda não se sente seguro quando pensa na redação do Enem? Calma que aqui no Blog Anglo vamos trazer ainda muito conhecimento sobre isso. Volte que em breve tem mais textos que você não vai querer perder! 

Até mais! 

]]>
Categorias
vestibular

Enem: entenda qual é o método de correção

Você já procurou saber qual o método de correção Enem e se sentiu um pouco confuso? Caso a resposta para essa pergunta seja sim, saiba que você não está sozinho nessa. Muitos estudantes têm dificuldades para compreender o porquê da sua pontuação final quando o resultado é divulgado, mas fique tranquilo que neste texto explicaremos direitinho como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) faz a correção das questões e da redação a fim de que isso não seja um problema ao ter acesso a sua nota. 

Para início de conversa, a correção Enem é feita utilizando o método TRI, porém ele é aplicado apenas para as questões. Na correção da redação, os avaliadores analisam se o candidato tem as competências esperadas de um estudante do ensino médio em relação às habilidades técnicas ao realizar uma produção de texto, à visão de mundo junto ao repertório sociocultural que possui e à compreensão dos problemas que envolvem as questões sociais. 

Então, sem mais delongas, siga para o próximo tópico e entenda como funciona o método TRI. Vamos lá? 

Como funciona a correção pelo método TRI? 

O método de correção utilizado na avaliação das questões do Enem é chamado de Teoria de Resposta ao Item (TRI). Por esse sistema, é possível estimar a dificuldade de cada questão para medir o conhecimento dos participantes, facilitando a análise da proficiência técnica em cada disciplina. 

O modelo matemático TRI considera três critérios: 

  • Parâmetro de discriminação: diferencia os participantes que possuem domínio da habilidade avaliada em uma questão daqueles que não possuem o domínio necessário para acertarem. 
  • Parâmetro de dificuldade: para avaliar os candidatos em todos os níveis de conhecimento em relação à habilidade exigida na questão, é elaborada uma escala de proficiência. Quanto maior o valor nessa escala, mais difícil é o item, estabelecendo, assim, a dificuldade presente na questão. 
  • Parâmetro de acerto casual: evidencia a probabilidade de o estudante acertar a questão sem o domínio da habilidade exigida para conseguir responder corretamente determinado item. 

No método TRI, não há os extremos 0 e 1000 entre as áreas do conhecimento, ou seja, a proficiência do participante não varia entre esses dois pontos, mas significa que os valores mínimos e máximos de cada conjunto de provas dependem dos valores dos itens. Além disso, a nota do candidato na questão não depende do desempenho de outros estudantes no mesmo item, mas da posição das questões na escala de proficiência. 

Nesse exame, só é possível atingir a nota máxima (1000 pontos) na avaliação da redação do participante, uma vez que os critérios de correção são outros. Para que os candidatos entendessem um pouco mais como o valor por questão é localizado na régua, o Inep elaborou um mapa por área do conhecimento. Veja parte dos mapas de cada área: 

Um outro ponto importante de ser esclarecido é que não é possível estimar a sua nota apenas pelo número de questões corretas, justamente por cada item possuir um valor diferente. Apesar disso, há uma ligação entre o número de acertos e a nota calculada pelo método TRI, isso significa que um participante com muitos acertos terá uma nota maior que um participante que teve poucos acertos. Ficou um pouco confuso agora? Calma, vamos explicar! 

Dessa forma, podemos dizer que a nota alta ou a nota baixa do estudante está relacionada aos valores mínimo e máximo das provas das áreas do conhecimento. É necessário considerar apenas que candidatos com o mesmo número de acertos podem ter pontuações diferentes, o que determinará isso é como ele se saiu no momento da análise dos 3 parâmetros usados em cada questão que foi respondida corretamente. Veja: 

Os pontos no gráfico mostram que há pequenas variações de nota entre candidatos que obtiveram a mesma quantidade de acertos, entretanto perceba que cada um dos participantes (1, 2 e 3) se distancia no seu posicionamento por terem acertado mais ou menos itens. Você deve estar se perguntando: e qual a vantagem para o Enem utilizar esse sistema? Uma das vantagens é que podemos considerá-lo um modelo “antichute”, pois há um comparativo no desempenho do próprio aluno, resultando numa lógica de coerência entre as respostas, o que pode gerar um resultado diferente entre participantes com a mesma quantidade de acertos. 

Agora pensando na pontuação do candidato com o desempenho comparado em todas as questões, caso ele acerte uma questão difícil, mas erre uma questão fácil que avalia habilidade semelhantes em níveis diferentes, ele ainda pontuará, porém não terá como resultado o valor máximo estabelecido na escala de proficiência para o item mais complexo. Por esse motivo, ficará com pontuação menor que um outro candidato que obteve a mesma quantidade de acertos e se sobressairá em relação aos outros estudantes que acertarem menos itens. Portanto, mesmo com esse tipo de correção Enem, sempre será melhor responder “chutando” a alternativa correta do que deixar a questão em branco. 

Certo, agora você já deve ter entendido melhor como funciona a correção Enem para as questões objetivas de cada prova. Se quiser compreender o método de correção da redação do Enem, leia o texto “Enem: quais são as 5 competências cobradas na redação?” publicado no Blog Anglo

Depois volte por aqui para mais dicas sobre os vestibulares que irão ajudar muito no seu desempenho nas provas.  

Até mais! 

]]>